A escritora britânica J.K. Rowling voltou a ocupar os holofotes nesta semana após publicar comentários polêmicos nas redes sociais. Em uma série de tuítes, a autora de Harry Potter acusou atletas transgênero de estarem “fraudando” o esporte feminino, citando especificamente a velocista paralímpica italiana Valentina Petrillo e a boxeadora argelina Imane Khelif.
Rowling escreveu que permitir a participação de atletas que passaram pela puberdade masculina em categorias femininas representa “uma injustiça gritante contra mulheres biológicas”. Ela chamou os casos de Petrillo e Khelif de “exemplos claros de trapaça institucionalizada”, gerando reações imediatas tanto de apoiadores quanto de críticos.
Valentina Petrillo, que é legalmente reconhecida como mulher e compete em provas paralímpicas, vem sendo alvo frequente de debates sobre inclusão e equidade esportiva. Já Khelif, que recentemente foi retirada de uma final de boxe por questões relacionadas à elegibilidade, também se tornou foco da discussão sobre identidade de gênero no esporte.
As declarações de Rowling reacenderam a polarização nas redes sociais. Muitos usuários elogiaram sua “coragem de dizer o óbvio”, enquanto outros a acusaram de transfobia e intolerância. Diversas organizações LGBTQIA+ emitiram notas repudiando as falas da autora, destacando que seus comentários “colocam vidas trans em risco e alimentam o discurso de ódio”.
Em contrapartida, atletas e ex-atletas, principalmente do meio feminino, têm expressado opiniões divididas. Algumas apoiam a ideia de garantir uma “categoria justa” para mulheres cis, enquanto outras enfatizam a importância da inclusão e do respeito à identidade de gênero.
Com o debate sobre o equilíbrio entre inclusão e justiça esportiva cada vez mais acalorado, as palavras de J.K. Rowling prometem manter o tema em destaque por muito tempo.